Como identificar o vício em remédios: É considerado vício em remédios a atitude de consumir, cada vez mais, os medicamentos que não necessariamente são prescritos pelo médico. O indivíduo sente uma necessidade intensa de consumir o remédio, ingerindo-o sem nenhum tipo de cuidado e controle.
Quando está longe dos medicamentos, sente dificuldade para dormir, pode ter mal-estar e outros sintomas de abstinência.
Além disso, o medicamento provoca mudanças no organismo, fazendo com que a sua ingestão tenha que ser cada vez maior e mais frequente, tornando o sujeito refém desse consumo.
A dependência medicamentosa nada mais é do que um tipo de dependência química que gera um impulso no indivíduo, fazendo com que este deseje o consumo do medicamento e, em sua ausência, viva episódios de abstinência, por exemplo.
Uma pessoa que tem dependência medicamentosa utiliza o remédio para obter prazer, bem-estar, etc. Ou seja, o objetivo é mudar o estado inicial em que se encontra, desencadeando uma sensação não medicinal no organismo. Em outras palavras, a pessoa não consome o medicamento para tratar uma doença, mas sim, para sentir as sensações que o medicamento provoca.
Vício em remédios para dormir
Infelizmente, muitas pessoas têm vício em remédios para dormir e nem se dão conta disso. A cultura de automedicação ainda é muito forte em nossa sociedade, e isso faz com que as pessoas acabem ingerindo remédios para dormir sem nenhum tipo de acompanhamento médico.
Por isso, quando pensamos nos riscos, podemos destacar os seguintes:
- O corpo desenvolve tolerância/resistência, fazendo com que o sujeito tenha que consumir cada vez mais remédio.
- Pode causar a “insônia rebote”, que é quando a pessoa não consegue dormir com qualidade quando não está sob efeito do remédio.
- Pode provocar episódios de sonambulismo, colocando em risco a saúde do indivíduo.
- Causa sonolência em momentos inadequados, atrapalhando a rotina do sujeito.
- Os reflexos ficam mais lentos, assim como a capacidade cognitiva pode ser afetada.
- Desencadeia a dependência química.
Quais remédios podem viciar?
São diversos os remédios que viciam e causam dependência. No entanto, listamos os que são mais conhecidos e recorrentes:
- Benzodiazepínicos e barbitúricos, conhecidos como calmantes.
- Analgésicos de forma geral. Inclusive, a nível de curiosidade, Michael Jackson faleceu de overdose de analgésico.
- Remédios de uso comum, como dipirona, paracetamol, AAS, etc.
Vício em remédios o que é?
O vício em remédios pode ser a consequência de uma tolerância ao medicamento, ou seja, uma diminuição da sensibilidade ao remédio em razão de uma administração repetida.
Por consequência, isso faz a pessoa aumentar as doses para produzir um efeito com a mesma intensidade.
E se traduz também por um comportamento de abuso, isto é, um uso excessivo e potencialmente prejudicial do medicamento.
Seja no vício como na dependência, a pessoa não usa os remédios com o objetivo de tratar uma doença, mesmo se ela sofre dessa doença, mas ela busca os efeitos físicos ou psíquicos dos medicamentos.
Isso leva geralmente a comportamentos inadequados, como tentar conseguir uma receita médica a todo preço, sem levar em conta as consequências.
Como reconhecer uma pessoa viciada em remédios?
Uma pessoa que sofre de vício em remédios sabe muito bem para que o medicamento é prescrito, inclusive ela consegue descrever todas as indicações da mesma forma que está na bula.
Ela pode até afirmar que usa o medicamento de forma descontrolada e desejar parar, mas precisa de um tempo para atravessar esse período difícil.
É exatamente o que ocorre com um alcóolico, que fica dando desculpas para iniciar o tratamento para alcoolismo.
Geralmente, a pessoa viciada em remédios tentará simular problemas físicos, como dores na nuca, enxaquecas ou mesmo cálculos renais, apresentando provas que está realmente doente, como relatórios médicos.
É claro que muitas delas podem estar efetivamente doentes, e os sintomas mais comuns do vício medicamentoso são as perdas de memória em caso de altas doses, e comportamentos autodestrutivos e ameaçadores. Além disso, a pessoa consulta raramente seu médico, mas vários outros médicos, de forma a conseguir as receitas médicas que precisa.
Se for necessário, o indivíduo pode ser internado e passar por desintoxicação em uma clínica de recuperação qualificada, que oferecerá todo suporte necessário para o sucesso do tratamento. Além disso, é essencial contar com a ajuda de profissionais como psiquiatras e psicólogos para que possam realizar a terapia específica para cada caso.