Excesso de bebidas alcoólicas pode levar à depressão? Mesmo que a depressão seja, na maioria das vezes, uma manifestação de herança genética, alguns outros fatores também podem influenciar muito no desenvolvimento dessa doença.
O consumo excessivo de bebida alcoólica é um deles. Algumas bebidas como a cerveja, podem piorar o quadro de depressão e intensificar os sintomas desse transtorno.
Alguns especialistas afirmam que a ingestão de álcool durante muitos dias consecutivos pode ter resultados manifestados em quadros de depressão. O que valida isso é que após um mês sem a bebida, as melhoras dos sintomas aparecem.
Mesmo que o quadro de depressão seja mais grave, a redução ou até mesmo a exclusão do álcool possui efeitos positivos de melhoras.
Quais as principais relações do uso do álcool e da depressão?
Segundo médicos e especialistas, cerca de 30 a 40% de pacientes que possuem algum tipo de dependência do álcool, fazem o uso para amenizar sintomas de depressão.
Entre essa porcentagem, de 10 a 15% apresentam sintomas de depressão quando excluem o uso do álcool.
Com isso, podemos observar que mesmo que o uso do álcool seja moderado, as chances de se desenvolver depressão é aumentado.
Mesmo que o uso excessivo de álcool possa piorar a depressão, quando é o contrário, isso não acontece. Ou seja, quando um paciente já possui depressão, isso não significa necessariamente que ele vai fazer uso excessivo do álcool.
Uma coisa não tem relação com a outra. Mas ainda assim, o uso excessivo pode levar a uma piora do quadro de depressão, mas o contrário não é uma regra.
Quais os hábitos da vida influenciam para a aparição de quadros depressivos?
Alguns hábitos do dia a dia podem sim influenciar no aumento dos sintomas relacionados a quadros depressivos. Isso porque alguns hábitos melhoram ou pioram a qualidade de vida.
Além do excesso de consumo de álcool, problemas com cigarro, falta de atividades físicas e dietas pobres em nutrientes também podem agravar o quadro.
Evitar o uso dessas substâncias que levam o paciente à dependência é uma das formas de se tratar a doença, assim como melhorar a alimentação e aumentar a prática de atividades físicas.
A depressão e a Saúde Pública
O uso excessivo de álcool é um problema grave de saúde pública. A depressão é comum no meio de pessoas que consomem álcool e pode ser um fator decisivo quando se procura tratamento.
Alguns problemas relacionados à depressão e o uso de álcool estão dentre as doenças que mais custam dentro do dinheiro público. Por serem doenças comuns entre a população, seu tratamento tem um custo significativo.
Pelo fato do álcool conseguir produzir sintomas parecidos com os da depressão, ou então de mascarar esses sintomas, o diagnóstico precisa ser feito com muito cuidado e de preferência depois de um tempo grande de abstinência.
No geral, como os sintomas ficam interligados, um acaba interferindo no surgimento do outro. Pessoas que fazem o uso excessivo de álcool tendem a aumentar os quadros depressivos. Geralmente um é primário e o outro secundário.
O álcool pode aumentar os riscos do dependente químico apresentar depressão?
Conseguir diferenciar tristeza de depressão quando uma pessoa está bebendo é muito difícil.
Como o álcool é um depressor do sistema nervoso, ele pode sim aumentar os sintomas da depressão.
Segundo médicos especialistas, o álcool é uma substância suja, pois ele age diretamente no sistema de neurotransmissores do cérebro. Alguns sistemas podem ser afetados como sistema opióide, glutamatérgico, noradrenérgico, serotoninérgico e gabaérgico.
Quando se diz que o álcool pode afetar o sistema nervoso, pode-se dizer que sua ação no cérebro é sedativa, afetando a ação principal do sistema GABA. Nesse sistema podemos encontrar moléculas que agem de maneira inibitória no sistema nervoso central.
É importante ressaltar que os efeitos do álcool podem variar de acordo com o consumo, quantidade, intensidade e frequência ingeridas.
Quando se faz uso contínuo, é nítido perceber a alteração de humor do usuário. Os sintomas depressivos ficam aflorados, assim como a irritabilidade.
Em estudos, foi possível observar que pacientes que pararam de beber, depois de uma semana, começaram a apresentar sintomas depressivos. Esse diagnóstico foi feito pois os efeitos eram grandes na maioria dos casos.
Mas, mesmo sem receberem medicação, após abstinência de três semanas ou mais, somente cerca de 6% dos pacientes continuavam com os sintomas depressivos.
Com isso, podemos concluir que a maior parte dos pacientes que fazem o uso excessivo do álcool, podem apresentar sintomas depressivos e se sentirem deprimidos com mais frequência.
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